Autor: Dr. Daniel Panarotto
Tempo de leitura: 4 min.
A Doença Renal Crônica, conhecida como Nefropatia Diabética desencadeada pela exposição à glicemia elevada, mau controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol, hábito de fumar e à fatores genéticos é uma complicação originária do diabetes.
Diabetes e o rins
Os rins têm a função de filtragem no corpo, eliminando através da urina substancias que não tem utilidade, ao mesmo tempo que mantém as proteínas.
A Nefropatia é uma alteração que atinge os vasos sanguíneos dos rins, levando à perda de proteína por meio da urina, que faz com que o órgão reduza sua função de filtragem lentamente, até que paralise totalmente.
Cerca de 50% dos pacientes com diabetes tipo 1 sofrem de insuficiência renal progressiva. A nefropatia, quando se encontra em estágio avançado, leva a perda da função renal fazendo com que o tratamento com diálise ou transplante renal seja necessário.
Diagnóstico da nefropatia
A fase inicial não costuma apresentar sintomas característicos, mas é possível diagnosticar a nefropatia através do exame de urina, chamado microalbuminúria. É comum que ocorra o aumento da pressão arterial, o que merece atenção pois seu descontrole pode ser prejudicial, levando a insuficiência renal avançada.
Em fases mais avançadas, pode ser identificada a elevação dos níveis sanguíneos de creatinina e ureia que deveriam ser eliminadas pelos rins, além da presença de proteína na urina. O paciente pode apresentar anemia, perda de apetite, náusea e a ocorrência de acidose metabólica (excesso de ácido no sangue).
Prevenção
O tratamento e prevenção se concentram no controle rigoroso da glicemia, da pressão arterial e do peso, além do uso de medicamentos (receitados pelo endocrinologista) que impeçam o avanço da nefropatia.
O controle do colesterol é essencial para controlar a doença, além de evitar o uso do cigarro e ter uma dieta balanceada com ingestão moderada de sal.