Autor: Dr. Daniel Panarotto
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O Diabetes ou a Diabetes (pode-se usar ambos), é uma doença na qual há excesso de glicose no sangue. Essa característica é compartilhada por todas as pessoas que têm a doença.
Porém, há muitas diferenças entre os pacientes, o que levou os pesquisadores a dividir a doença em diferentes tipos.
Atualmente, o Diabetes é classificado em 2 tipos, segundo a Associação Americana de Diabetes e a Sociedade Brasileira de Diabetes.
Diabetes Tipo 1 e Tipo 2
O Diabetes Tipo 1, antigamente chamado de Diabetes Juvenil, acomete, principalmente, crianças, adolescentes e adultos jovens. É caracterizado por uma deficiência absoluta de insulina.
Neste caso, a doença é causada por anticorpos que destroem as células beta, encontradas no pâncreas, e responsáveis pela produção da insulina.
O tratamento do paciente tem de ser feito, portanto, com insulina.
No caso do Diabetes tipo 2, o mais comum, há uma resistência à ação da insulina. Ou seja, ela está presente, mas não funciona como deveria.
Esta alteração é herdada dos pais e acentuada pelo aumento de peso e pelo sedentarismo. Este tipo de Diabetes acomete, em geral, adultos acima dos 40 anos de idade.
Neste caso, o tratamento é feito com medicamentos orais no início do quadro, além de uma mudança de comportamento e hábitos. Rever dieta e começar a praticar exercícios é essencial.
É muito comum que, com o tempo, o Diabetes tipo 2 evolua para uma situação de falta de controle, em que o indivíduo necessite de insulina para normalizar as concentrações de glicose.
Infelizmente, o Diabetes tipo 2 é uma doença que não tem cura e, além disso, é progressiva – ou seja, pode acabar gerando ou agravando outros quadros clínicos.
Independente do tipo de Diabetes, o objetivo do tratamento é o mesmo: manter a glicemia sob controle, a fim de evitar as temidas complicações da doença nos rins, nervos, olhos e sob o sistema cardiovascular.
Outros tipos de Diabetes
Um terceiro tipo, também aceito, é o Diabetes gestacional, que é a hiperglicemia que ocorre somente durante a gestação.
Neste caso, o Diabetes costuma desaparecer depois do parto, mas é importante salientar que pessoas que tiveram Diabetes gestacional têm um altíssimo risco de desenvolver Diabetes tipo 2.
Por fim, pessoas com Diabetes que não se enquadram em nenhum destes dois tipos são classificadas como tendo “outros” tipos de Diabetes.
Como exemplo desta última situação, podemos citar as pessoas que ficaram diabéticas após a retirada do pâncreas ou que têm formas de Diabetes causadas pela alteração de um único gene (os demais tipos de Diabetes ocorrem por alteração de diversos conjuntos de genes).
Conclusão
Mesmo entre os tipos de Diabetes conhecidos, as manifestações e apresentações são muito diferentes.
Isso levou os estudiosos do assunto a sugerir que existem mais tipos de Diabetes. Um estudo recente propôs, por exemplo, que ao invés de Diabetes tipo 1 e tipo 2, haveriam 5 variações da doença.
Apesar de ser um estudo interessante e que alerta os médicos para as diferentes manifestações e possíveis abordagens terapêuticas desta doença heterogênea, não há perspectivas, a curto prazo, para modificação da classificação atual.
Até porque, importante mesmo é manter a glicemia controlada.
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